A Coca ( o dragão de Monção) que luta contra o São Jorge no dia do Corpo de Deus, vive nos imaginários de quem cá nasceu desde pequenos, nesta vila raiana. Sempre nos perguntamos onde é que ela vivia, onde se escondia durante o ano. A mim sempre me disseram que se escondia no fundo do rio Minho. Achava fantástico conseguir viver em dois meios, cá fora e debaixo de água, tinha de ser astuta, para tão grande conseguir escapar de quem a procurava, esconder-se entre a água e a vegetação. Admirava a sua força pois combatia sozinha sem ajuda do cavalo como o São Jorge. Este combate esta ligado ás festividades das colheitas e á expectativa que haja bom vinho alvarinho e boa produção, se o São Jorge no combate lhe conseguir tirar os brincos é prenúncio que isso aconteça nas próximas vindimas.
A Coca sem brincos é assim sinónimo de fertilidade da terra.
O Dragão#2 da minha terra é uma figuração que se inspira nesta força de combate, uma força alegria advinda da autenticidade do subterrâneo do folclore. Assunto que me anda a interessar.
Data: 2019
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